Por que tanta vaidade doentia,
Se essa vida que tens tão pouco dura?
Se serás consumido qualquer dia,
Lá na frieza atroz da sepultura?
Dos patamares vãos da hipocrisia,
Quando caíres dessa imensa altura,
Que sentires morrer a fantasia,
Chorarás, deste mundo, a ilusão pura!
Terás a campa rica e ornamentada
E eu terei minha cova desprezada,
Lá num recanto, junto aos matagais...
Mas, entre as grades tétricas da morte,
Quando os vermes selarem nossa sorte,
Mostrarão que não somos desiguais.
(José de Anchieta Batista)
3 comentários:
Anchieta,
creio que não precisa continuar dizendo a admiração que tenho pelas tuas poesias. Ainda mais sonetos. Magníficos!
Estou sempre por aqui me deliciando, aprendendo com meu mestre!
Sabe, apesar de conhecê-lo assim, apenas "virutalmente", parece que eu já o conheço de muitos anos. Espero nos encontrarmos para poder dar-lhe um grande abraço, pessoalmente!
Desculpe-me o erro do "virtualmente".
Adorei meu amor.
Você como sempre arrasando nos sonetos.
Te amo!!!
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