domingo, 24 de maio de 2009

Teleagonia da Teleacre

Hoje ainda sofremos muito com problemas de comunicação telefônica. Imaginem antigamente. Não me lembro bem o ano, mas estávamos na década de 80. O presidente da Teleacre era o saudoso Thaumaturgo Filho, de quem vim a me tornar amigo nas noitadas de "O Casarão". Fiquei sabendo por meio dele que quase nada tinha por fazer. O problema era realmente do sistema em uso aqui no Acre. E lá se foram meus versos para o jornal "O Rio Branco":

Telegrama, teleférico,
Telex, telepatia,
Teletipo, Telescópio,
Telebrás, telefonia,
TELEACRE! - tele-o-quê?
-Teledor! Teleagonia!

Graham Bell! Graham Bell! nos acuda!
Que serventia isto tem?
Pego o fone e disco um número
Pra falar com certo alguém,
Mas ninguém fala comigo,
Nem eu falo com ninguém!

Não adianta macumba
Quando essa coisa se cala!
Talvez a foniatria
Possa devolver-lhe a fala!
Telefone em Rio Branco,
Virou enfeite de sala!

E quando rompe o silêncio,
Outra surpresa nos traz:
-Barulhos, silvos e "bips"
Dos espaços siderais...
Mas, servir de telefone,
Só isto é que ele não faz!

Seu Diretor, dê um jeito
Nessa grande absurdez!
A paciência do povo
Já se esgotou de uma vez!
Somente o que funciona
É a conta no fim do mês!

(Anchieta)

Um comentário:

Anônimo disse...

Risos!!! Muito bom, Professor!
Hoje ainda vivemos esta realidade também com as operadoras de telefonia móvel...
Uma tal VIVO quase sempre MORTO...
Uma tal CLARO quase sempre ESCURO e assim por diante...
Graham Bell se retorce no túmulo...

Abraços!

Natália