sábado, 13 de junho de 2009

Tristonho carnaval


Lá na rua a cidade está repleta
Das ilusões festivas da folia...
Aqui dentro, eu morrendo de tristeza,
Pois não existe espaço pra alegria.

Foi você, minha musa idolatrada,
Quem fez de minha festa um funeral...
E entre as quatro parades de meu quarto
Pra mim já não importa o carnaval.

O pior é que depois da terça-feira,
Quando o rei-momo abandonar a rua,
O samba-enredo desta solidão
Cá dentro de meu peito continua.

Das cinzas de meu triste carnaval,
A mais cruel lembrança me restou:
Você - a colombina que sumiu!
E eu - este palhaço que ficou!

(José de Anchieta Batista)

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