terça-feira, 28 de julho de 2009

O Rio do Peixe


Cenário:
Século XX - Década de 50 - Distrito de Aparecida - Sousa - Paraíba

O nosso Rio do Peixe
- Um ziguezague no chão -
Um bordado de mil esses(SS)
Atravessando o sertão...
“S” da palavra "seca",
“S” de sofreguidão!

O nosso Rio do Peixe,
No inverno, quando enchia,
A imensa felicidade
Em suas águas trazia...
Depois ficava soturno
Qual uma estrada vazia...

Às margens daquele Rio
Fui feliz quando criança...
Misturada às suas águas,
Vinha também a bonança...
Pra nós o Rio do Peixe
Era o rio da esperança.

Mas nosso Rio do Peixe
Muito ligeiro secava...
Era como um viandante
Que bem depressa passava...
Sumia a água e o peixe,
Somente areia ficava...

Hoje eu sei que aquele Rio
Não era efêmero assim...
Eu o trouxe dentro d´alma
Lá do sertão donde eu vim...
E é rio que nunca seca
Nas saudades que há em mim!
Rio Branco - Acre, 25 de julho de 2009
(José de Anchieta Batista)


2 comentários:

ANCHIETA BATISTA disse...

Peço desculpas ao ISAAC MELO p(ALMA ACREANA)pois tentei modificar um detalhe do poema e ao editar como nova mensagtem perdi seu comentário da edição anterior. Sou meio iniciante nisso. De qualquer forma Obrigado!

Alma Acreana disse...

Anchieta,
os rios, parafraseando Leandro Tocantins, sempre estão a comandar nossas vidas. Tenho uma grande identificação com eles.
Um abraço! E não tem porque pedir desculpas, meu amigo!