Por quanto tempo estes sóis
Estas nuvens, estes mares,
Estes rios, estes ares,
Hão de existir para nós?
Que tempo nos vai restar
Para que o último vivente
Respire avidamente
A última porção de ar?
Quanto tempo ainda resta
Para que esteja caída
A última folha sem vida
Da derradeira floresta?
Que tempo nos sobrará,
Para nos nossos anseios
Ainda ouvir os gorjeios
De um último sabiá?
(Anchieta)
Estas nuvens, estes mares,
Estes rios, estes ares,
Hão de existir para nós?
Que tempo nos vai restar
Para que o último vivente
Respire avidamente
A última porção de ar?
Quanto tempo ainda resta
Para que esteja caída
A última folha sem vida
Da derradeira floresta?
Que tempo nos sobrará,
Para nos nossos anseios
Ainda ouvir os gorjeios
De um último sabiá?
(Anchieta)
Um comentário:
Anchieta,
tua poesia é muito humana, chega à verdade sem pretendê-la.
Há pessoas que juntam palavras, rimam, metrificam, mas não faz poesia. Já você faz tudo isso sem está preso propriamente a uma forma, e no fim, temos uma poesia humana e transcendente, crítica e romântica.
A Academia Acreana de Letras é o lugar aonde anseio que tu estejas, pois já deveria lá está há muito tempo.
Um forte abraço!
Postar um comentário