segunda-feira, 18 de maio de 2009

DEPUTADO EDMUNDO PINTO E A CRIAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ACRE


Em 1987, os versos transcritos logo abaixo foram publicados e remetidos ao saudoso amigo Edmundo Pinto, então Deputado Estadual, que fez leitura do texto no plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Acre .
Os fatos: - Naquele ano, o nosso combativo Edmundo empreendia uma luta incansável contra a grande maioria de seus pares, quando buscava aprovar uma emenda constitucional que tinha por objeto a criação do Tribunal de Contas do Estado. Até então existia apenas uma “Auditoria Geral de Contas”, que fazia o julgamento das contas dos gestores públicos. Era nítido o desinteresse dos colegas para que o deputado visse aprovado o seu projeto.
No dia marcado para a votação, mais uma vez o nosso Edmundo viu-se frustrado, pois aprovaram tudo, menos a tal emenda. Até criaram uma nova secretaria de governo, denominada por ele, em seu desabafo, de “mais um novo cabide de empregos”.

Aqui vão meus versos e meus cumprimentos aos familiares do bravo e saudoso amigo, covardemente assassinado em 17 de maio de 1992, na cidade de São Paulo. Exercia então o cargo de Governador do Estado do Acre.



Criar no Acre um Tribunal de Contas,
É a maior de todas as afrontas!
Nesta terra só mora gente séria,
De gente séria não se julgam contas!

- Esse monstro talvez que nos vigie
E pode até tirar nosso sossego,
Em seu lugar melhor é que se crie
Mais um novo “cabide de emprego”!

E do parto político do dia
Abortou-se uma tal “Secretaria”.

Isto, sim, é legítimo e é legal,
Porém criar no Acre um Tribunal,
É vergonhoso e inconstitucional!

A confusão gerou-se no recinto,
E ali cantou de galo o bravo Pinto,
Quando o “infame projeto” em discussão
Quase que lhe valeu a cassação.

(José de Anchieta Batista)
(O Edmundo não se deu por vencido e não descansou enquanto não viu aprovada sua matéria)
.

Um comentário:

Alma Acreana disse...

Meu caro amigo,
é sempre louvável recordar aquele que deixaram marcas relevantes em nossa história. Os ideais de Edmundo ainda vivem.
Um fraterno abraço!