sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eu e o Rio Acre

(O Rio Acre e, sobre ele, passarela para pedestres - paisagem encantadora)


(Poema Escrito embaixo da Gameleira, em 1988 - histórica árvore de imenso porte, frondosa, bonita, majestosa, existente à margem do Rio Acre, no 2º Distrito de Rio Branco)
Tudo é ermo... e eu a esmo...
Rio Acre, às tuas águas,
Vim juntar as minhas mágoas,
Este Rio de mim mesmo.

Vim aqui falar contigo,
Vim buscar-te como amigo,
-Nem sei se sabes quem sou...
E em tuas margens, meu rio,
Em manhã de céu de estio,
Rio Acre, aqui estou!

És natureza sorrindo,
Sou tristeza que vem vindo
De algum pranto que choveu...
Rio Acre, aonde vais?
E no fragor de meus ais,
Aonde estou indo eu?

Vens vindo de muito além?
Venho de longe também...
Vê que mundo Deus compôs!
Temos um rumo traçado
E cada um prá seu lado,
Vamos seguindo nós dois!

Rio Acre, meu irmão!
Que destino nos conduz?
- Tu vais morrer no Purus
E eu, no mar da solidão!
(Anchieta)

2 comentários:

Alma Acreana disse...

Caríssimo Anchieta,
creio que nós temos muito em comum: poesia e paixão pelo Acre.
Visitar teu blog é sempre a certeza de soborear bons textos, sobretudo belas poesias. Esta, por exemplo, é esplêndida!
Um forte abraço e boa semana!

ANCHIETA BATISTA disse...

Obrigado, Isaac.
Seu blog é sempre um bom lugar para nos deliciarmos com coisas muito boas. Ele segue um padrão de muito bom gosto.

Parabéns!

Tenhamos nós uma ótima semana!

ANCHIETA