(Em 1985, era um suplício utilizar os serviços de correio em Rio Branco. Enquanto no restante do Brasil, a celeridade era uma qualidade daquela empresa, no Acre, uma encomenda por "SEDEX" muitas vezes demorava mais de 15 dias. Publiquei, então, em "O Rio Branco", este desabafo.)
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Senhor chefe do Correio,
Por favor me acredite,
Paciência tem limite
E eu mesmo já estou cheio
De sofrer tanto aperreio
Com minha correspondência!
Não sei se é negligência,
Não sei quem é o culpado,
Não sei se falta empregado,
Mas eu lhe peço clemência!
Por este Brasil afora,
O Correio é, na verdade,
Padrão de seriedade,
Sem desleixo e sem demora...
Mas este daqui, agora,
Só tráz aborrecimento!
Eu estou c´um pensamento
De mudar de mensageiro:
- Tudo chega mais ligeiro
Transportado num jumento!
Corrija aí o defeito
Que embaraça o serviço,
Pois o Correio, com isso,
Há de mudar de conceito!
Mas, se este caso é sem jeito,
P´ra findar este massacre,
Feche as portas, ponha um lacre,
Demita aí todo mundo,
Jogue as chaves no mais fundo
Do leito do Rio Acre!
(Anchieta)
Por favor me acredite,
Paciência tem limite
E eu mesmo já estou cheio
De sofrer tanto aperreio
Com minha correspondência!
Não sei se é negligência,
Não sei quem é o culpado,
Não sei se falta empregado,
Mas eu lhe peço clemência!
Por este Brasil afora,
O Correio é, na verdade,
Padrão de seriedade,
Sem desleixo e sem demora...
Mas este daqui, agora,
Só tráz aborrecimento!
Eu estou c´um pensamento
De mudar de mensageiro:
- Tudo chega mais ligeiro
Transportado num jumento!
Corrija aí o defeito
Que embaraça o serviço,
Pois o Correio, com isso,
Há de mudar de conceito!
Mas, se este caso é sem jeito,
P´ra findar este massacre,
Feche as portas, ponha um lacre,
Demita aí todo mundo,
Jogue as chaves no mais fundo
Do leito do Rio Acre!
(Anchieta)
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