quinta-feira, 14 de maio de 2009

Triste apelo

(Mais alguns versos escritos em minha juventude)

Se queres mesmo o fim deste sonhar,
Risca meu nome dos teus alfarrábios,
Esquece a luz do meu tristonho olhar,
Desculpa o mel que te roubei dos lábios!

Se julgas que entre nós tudo morreu,
Só nos resta um adeus neste momento...
Para que prosseguirmos tu e eu,
Se te convém buscar o esquecimento?

Rasga todos os versos que te fiz!
Olvida meu amor e meu carinho!
Se junto a mim jamais serás feliz,
Não serei mais a pedra em teu caminho!

Esquece nossas íntimas carícias,
Se é que assim tu viverás em paz...
Nossos beijos e todas as delícias
Do nosso amor... - Não te recordes mais!

Amargos prantos o meu rosto cobrem,
Mas não te cause pena a minha dor!
Segue feliz! E dentro em ti não sobrem
Sequer as cinzas deste nosso amor!

Mas, se souberes que um desventurado,
Viveu do amor e nele pereceu,
Reza uma prece pelo desgraçado
Pois pode ser que tenha sido eu!

(José de Anchieta Batista)

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