quarta-feira, 10 de junho de 2009

Desencontro

Faz tempo... Que tempo faz?
Não me lembro muito bem...
Mas esses tempos de atrás
Guardados comigo vêm.
Foi num mundo de ternura
De inocência e esplendor
A nossa primeira jura,
Tão pura jura de amor.
Foi-se a boneca e a bola...
Foram-se os tempos da escola
Que ficava lá na esquina...
Nós dois, crianças pequenas,
Duas coisinhas morenas,
Eu, menino - ela, menina.
Tudo ficou para trás...
Que tempo doce e risonho!
Agora, como num sonho,
Ela é moça - e eu, rapaz.
Parece que enfim acordo
Para a vida e não concordo
Sucumbir na ilusão vã...
- Vejo-me agora sozinho,
pois há outro em seu caminho
E ela se casa amanhã.
(Anchieta)

Um comentário:

Alma Acreana disse...

Meu caro amigo,
diga-me uma coisa, estes poemas já estão incluídos em livros seus anteriores, pois se não, têm projetos de publicar novos trabalhos, digo livro, pois seria ótimo.
Um abraço!