segunda-feira, 8 de junho de 2009

A amiga MARINA SILVA



(Escrito em homenagem a seu aniversário – em 08/02/2008)


Ao falar sobre ti, amada amiga,
Não te sintas doer com o que eu te diga,
Se eu te ferir em tua humildade.
Bendita seja a tua heróica luta,
Que Deus faça acordar quem não te escuta,
Na defesa da pobre humanidade!

Busco a verve de minha inspiração,
Mas não dá pra fluir do coração
Algum verso à altura de MARINA.
Tudo em mim é pequeno... o verso é pobre...
E por mais que o poeta se desdobre,
Sente a sua poesia pequenina...

Talvez, mais justa, a doce melodia,
A sinfonia do nascer do dia,
Que tem lugar no seio lá da mata...
Talvez o assobiar do seringueiro,
Talvez da flor do campo, o doce cheiro,
Talvez o murmurejo da cascata...

Talvez o encanto da manhã de estio...
O sol beijando as águas do meu rio
Que lentamente ainda busca o mar...
Talvez mais te falasse ao coração,
Ouvir do ribeirinho uma canção...
Enquanto ainda há tempo pra cantar.

Ao longe, um brado dessa voz tão mansa,
Que teluricamente não se cansa
De defender o resto que nos resta!
Há gritos de socorro pelos ares,
Ao longe ouvimos o gemer dos mares
E aqui perto de nós morre a floresta!

Que poesia fazer? Que homenagem?
Como exultar teu ser, tua coragem?
Como ser justo ao nosso sentimento?
Eu não posso, MARINA, é impossível...
A minha pequenez é indescritível
Por bem mais mereceres no momento.

Deste nosso telúrico sacrário,
Faz-se justo que em teu aniversário,
Genuflexos, a Deus agradeçamos...
E é da alma de cada companheiro
Que externamos a ti e ao mundo inteiro
A grandeza do amor com que te amamos!

(José de Anchieta Batista)


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