O que fizeste, Cabral?
Que maldição, afinal,
Nos fez a sorte tristonha?
Será que em tua viagem
Não puseste na bagagem
A honestidade e a vergonha?
Ó Pero Vaz de Caminha,
Aqui, a planta daninha
Proliferou muito mais...
E esta minha pobre gente,
Tão sofrida, impaciente,
Já não mais sabe o que faz!
Às vossas preces benditas,
Jesuítas, jesuítas,
Ninguém nos céus disse "amém!"...
De lá, Poeta, responde,
Onde é que Deus se esconde,
Que socorrer-nos não vem!
Castro Alves, vem de novo,
Chorar a sorte de um povo
- Os filhos dos degredados -...
Vem lançar ao infinito
Novamente aquele grito:
- "Senhor Deus dos desgraçados!"
(Anchieta)
Um comentário:
Adorei!!!!
Beijos
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