quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SEM RUMO E SEM PORTO

Na vaga noite,
sem rumo, eu vago,
e em mim não trago
qualquer sonhar...
Se eu gritar
ninguém responde...
Meu ser se esconde
num endereço
que não conheço,
na rua triste
que não existe...

Na treda noite,
meu mundo tredo,
e eu com medo
dos meus zumbis...
Algo me diz
que estou enfermo,
mas sigo a ermo...
Na madrugada
navego o nada,
num rio morto
que não tem porto.

Na fria noite,
um vento frio,
que vem de um rio
que vai pro mar...
Chorar? Cantar?
- Não há mais canto!
- Não há mais pranto!
...Nesta agonia,
a noite é o dia
que não findou...
- E eu, quem sou?

(Anchieta)
(Rio Branco-Ac, 05/11/2009)

2 comentários:

Alma Acreana disse...

Caro Poeta,
a poesia é eterna não porque trata de temas eternos, mas porque trata de coisas tão peculiares,e que habitam o interior dos homens e da existência das coisas. Aqui, nesse seu espaço, também nos eternizamos em seus versos.

Retirei um excerto de seu comentário para iniciar um agradecimento àqueles que acompanham o Alma. E só tenho a lhe dizer: MUITO OBRIGADO!

Um forte abraço, Anchieta!

GabrielaGuerreiro disse...

Oi Tio Anchieta. hehe
então, pois é, sou filha da Núria mesmo..
e você é padrasto da Nayara né? Já estagiei com ela...
Fico feliz com isso..
Hoje eu fiz um post no meu blog sobre os ACRIIANOS.. dá uma passada lá depois.
abraçoss..