domingo, 15 de março de 2015

NO CARRILHÃO DO TEMPO

Queridos amigos.
Completei hoje (14.03.15), 70 anos.
Trago comigo uma bagagem de regozijos. Algumas tristezas também me acompanham. Muitas coisas doem, enquanto outras têm uma essência balsâmica. Tudo foi aprendizado e tudo valeu a pena. Pela  vida tentei não odiar nem ser odiado. Busquei amar sem limites. Os bons e os maus momentos foram os materiais de minha construção. Sou o resultado de tudo que vivi. Tentei ser crístico no amor ao próximo. Sei que avancei pouco. Gerei filhos, plantei árvores, escrevi livros e, acima de tudo, "amei", "amei" e "amei", sem entender o verdadeiro sentido do amor. Cantei aleluias e réquiens. Busquei Deus nas grandes filosofias e religiões. Não O encontrei. Ele estava mais presente no ateísmo de Nietzsche. Surpreendentemente, estava Ele ali, mais vivo e mais vibrante do que na maioria dos sermões dos eleitos e dos profetas.
Hoje estou feliz. Sou apenas um filho do MAIS PODEROSO. Ele é meu pai e pode tudo. Como filho Dele sou herdeiro e sócio do Universo. Vamos em frente!
Quando eu completar novamente 70 anos, convidarei vocês para um grande banquete.
Beijos.
Anchieta.

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