domingo, 26 de junho de 2016

FELICIDADE, ONDE ESTÁS?

(*) José de Anchieta Batista
A Terra está doente e sobre ela mora uma humanidade doente e infeliz.
Engana-se quem pensa que a Terra é meramente um gigantesco agregado de matérias girando em torno do Sol. Ela tem sua alma e é viva como nós. Ela tem sentimentos. Ri e chora, geme e canta.
Hoje, esta nossa Mãe está vilipendiada e triste. Nós, os homens, em todos os quadrantes, ferimo-la cotidianamente. Mas nisso tudo uma coisa é certa: o que nela plantamos, dela colheremos. Não adianta achar que não vamos ter uma resposta. Vamos, sim. Aqui ou além, hoje ou amanhã. Não precisa ser profeta para saber disso. A grande Lei de Causa e Efeito, nela funciona milimetricamente.
E nós, os inquilinos deste sofrido planeta, como estamos? Para esta pergunta, lamentavelmente, só nos vem uma resposta:
- Estamos mal, muito mal. Continuamos doentes e infelizes. Aliás, temos uma dificuldade enorme em aprender os caminhos da felicidade. E assim prosseguimos, trôpegos, atordoados e sem rumo. Somos infelizes porque não sabemos ser felizes. Somos prisioneiros da mentira e desconhecemos até mesmo quem somos nós. Nesse contexto, é verdade que “somente a verdade nos libertará”, mas não a conhecemos, nem sabemos onde, nem como encontrá-la. Assim, desperdiçamos todo nosso tempo com o ilusório, e o grande tesouro continua perdido.
Todos os dias, as notícias que invadem nossas vidas gritam, sem cessar, que a humanidade é infeliz.
Iniciamos o Século XXI e sequer conseguimos alcançar ainda a razão de nossa própria existência, nem compreendemos nosso caminhar pela Terra, onde carregamos pesada bagagem de dores e vicissitudes. Nossa ignorância e nossa pequenez fazem quase inócuas as nossas vidas. Sonhamos, gritamos, esperneamos, queremos ser felizes, mas não conseguimos. Até nos curvamos diante daquela “verdade suprema” que sempre querem nos impor. Há livros sagrados que nos ameaçam com a desgraça do eterno castigo. Dobramo-nos então e nos proclamamos “felizes graças a Deus”. A infelicidade, contudo, mesmo que tentemos escondê-la sob o manto da hipocrisia, continua aqui, entre nós, na vida de cada um, disfarçada, picando-nos como um percevejo.
Cansados e desiludidos, entregamo-nos à indiferença, entretanto nos sentimos mais vazios ainda. Por vezes, sem uma réstea de luz ou esperança, abominamos tudo e sentamos à beira do caminho. Choramos. Nada nos acalenta nem nos cura. Estamos doentes e infelizes. Além disso, condenados à morte, esta tenebrosa madame que tanto nos apavora.
Buscamos os compêndios de autoajuda, onde está a fórmula mágica universal. Vemos, contudo, que se trata de uma panaceia que mostra a mesmíssima solução para todos os viventes, indistintamente, como se todos tivéssemos a mesma estrutura física, mental e espiritual. E, enquanto os autores enriquecem, continuamos com as nossas dores, despidos, friorentos, vazios, tentando conviver com nosso desespero. Nada colhemos. Continuamos infelizes. Para completar, algum dia, nos estarrece a notícia de que o autor era um infeliz e que se matou.
Buscamos as religiões, as filosofias, os curandeiros, os adivinhos, e eles nos fazem de repente fascinados. Logo, porém, o que parecia uma ilha de felicidade, traduz-se em momentâneo encanto que logo se desfaz. Nada! Voltamos à estaca zero. Estamos mais vazios e descrentes. Somos infelizes.
Assim, lá vamos nós, peregrinos, na procissão da dor, desconhecidos de nós mesmos, inconscientes da realidade maior, despudorados, feras humanas, fingidos, intolerantes, bagunceiros da Mãe Terra, desirmanados, etc. E queremos ser felizes. Como?
Repito o que acima afirmei:
- Todos os dias, as notícias que invadem nossas vidas gritam, sem cessar, que a humanidade é infeliz.
Em meio a tudo, existem os que sobem aos montes e fazem ecoar na amplidão dos vales, com um pergaminho nas mãos, que são verdadeiramente felizes. Encontraram os céus! Pode até ser verdade. A respeito disso, é bom lembrar aqui que “ninguém crê no que quer, crê no que pode crer”. Verdade isso!
Na realidade, nossa Terra está doente e sobre ela mora uma humanidade doente e infeliz.
Caminhemos! Não estamos completamente perdidos. Tudo tem sua razão de ser, mesmo que não compreendamos.
Salvemos nossa Mãe Terra e plantemos a verdadeira libertação no mais íntimo de nós mesmos.
Algo me diz que é bom ser bom e que este é o único caminho. 
Tenho colecionado muitos fracassos, mas estou tentand

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