Vivemos hoje perdidos
Sob o domínio do mal,
Um sofrer descomunal,
Um desencanto profundo...
Só restou a insensatez,
O desamor, a inclemência,
A guerra, a dor, a violência,
Tomando conta do mundo...
Sob o domínio do mal,
Um sofrer descomunal,
Um desencanto profundo...
Só restou a insensatez,
O desamor, a inclemência,
A guerra, a dor, a violência,
Tomando conta do mundo...
.
Poluindo e destruindo
Rios, pântanos e mares,
Desde as calotas polares
A chegar na estratosfera...
Matando a flora e a fauna
E seu próprio semelhante,
O homem é, neste instante,
Um louco, um traste, uma fera.
Rios, pântanos e mares,
Desde as calotas polares
A chegar na estratosfera...
Matando a flora e a fauna
E seu próprio semelhante,
O homem é, neste instante,
Um louco, um traste, uma fera.
.
Quem devia dar exemplo,
Usurpa o ouro do trono...
E o povo no abandono,
Sem ter circo e sem ter pão...
E esta maldita sujeira
Vem também manchar a toga
E a gente sente que a droga
Quer destruir a Nação.
Quem devia dar exemplo,
Usurpa o ouro do trono...
E o povo no abandono,
Sem ter circo e sem ter pão...
E esta maldita sujeira
Vem também manchar a toga
E a gente sente que a droga
Quer destruir a Nação.
.
Sem uma metralhadora,
Canhão, pistola ou fuzil,
Nas grotas deste Brasil,
Tento esconder-me ou fugir...
Mas de repente descubro
Que hoje sou prisioneiro
E nem mesmo no estrangeiro
Eu tenho pra onde ir.
Sem uma metralhadora,
Canhão, pistola ou fuzil,
Nas grotas deste Brasil,
Tento esconder-me ou fugir...
Mas de repente descubro
Que hoje sou prisioneiro
E nem mesmo no estrangeiro
Eu tenho pra onde ir.
.
Como lutar? Vou-me embora!
Vou-me embrenhar na caatinga...
E não me façam mandinga
Pedindo p´ra eu ficar...
Com desdita ou sem desdita,
Mesmo com sede ou com fome,
Não chamem mais por meu nome,
Pois eu não quero voltar.
Como lutar? Vou-me embora!
Vou-me embrenhar na caatinga...
E não me façam mandinga
Pedindo p´ra eu ficar...
Com desdita ou sem desdita,
Mesmo com sede ou com fome,
Não chamem mais por meu nome,
Pois eu não quero voltar.
.
Talvez até que eu me arrisque
Sumir por alguma estrada,
Sem despedir-me de nada,
Sem dar adeus p´ra ninguém...
Montado num burro brabo
Dos que dão coice no vento,
Sem lenço e sem documento
E sem destino também.
Talvez até que eu me arrisque
Sumir por alguma estrada,
Sem despedir-me de nada,
Sem dar adeus p´ra ninguém...
Montado num burro brabo
Dos que dão coice no vento,
Sem lenço e sem documento
E sem destino também.
.
Sem portar identidade
Nem também um telefone,
Vou passear num ciclone
Por este espaço sem fim...
Sem um rumo definido,
Sem pousada ou endereço
Esqueçam todo o apreço
Que já tiveram por mim...
Sem portar identidade
Nem também um telefone,
Vou passear num ciclone
Por este espaço sem fim...
Sem um rumo definido,
Sem pousada ou endereço
Esqueçam todo o apreço
Que já tiveram por mim...
.
Nunca me vi tão cansado,
Tão assim desiludido,
Acabrunhado e perdido,
Olhando um mundo sem jeito...
É triste a realidade,
Que minha mente hoje alcança,
Mas espero que a esperança
Volte a morar no meu peito.
Nunca me vi tão cansado,
Tão assim desiludido,
Acabrunhado e perdido,
Olhando um mundo sem jeito...
É triste a realidade,
Que minha mente hoje alcança,
Mas espero que a esperança
Volte a morar no meu peito.
**********
Nenhum comentário:
Postar um comentário