José de Anchieta Batista
Antes de mais nada, pare! Olhe ao redor
de si! Pergunte-se agora quem é você e o que está fazendo aqui nesta confusão de
mundo. Questione-se sobre como deve exercitar o viver e, por fim, para onde
você irá quando bater as botas. Tente responder sinceramente essas incógnitas:
Quem eu sou? Donde vim? Para onde vou?
Se acreditamos que somos seres eternos,
originados em algum momento inimaginável, e que estamos passando por algum
estágio na Terra, envelopado neste corpo de carne, admitimos, então, que
vivemos aqui uma espécie de segmento de nossa própria eternidade, todavia, depois
da morte, continuaremos a existir.
Se acreditamos que somos seres que
iniciamos nossas existências aqui, no dia em que nascemos, temos duas
possibilidades:
A primeira se resume a um pequeno tempo
de vida neste planeta, talvez uns oitenta anos. Neste caso, temos por premissa
que viemos do nada, fomos gerados pelo encontro de um espermatozoide com um
óvulo e, nove meses depois, nascemos. A partir daí, iniciamos uma corrida para
o que chamamos de morte. Então, voltamos a ser nada! Pronto, acabou-se! “Tu és pó e ao pó retornarás!” (....).
A outra possibilidade é que, embora
tenhamos tido nossa existência iniciada aqui, continuaremos a existir depois da
morte, em algum local que ninguém sabe onde, e que para lá seremos levados, por
alguma força maior, a fim de dar continuidade ao destino eterno de cada um.
Bem, cá comigo, tenho as minhas
convicções. Creio piamente que, ao entrar neste mundo, não vim do nada, e que
depois continuarei a existir. Respeito,
porém, as convicções de cada um, mesmo que outros tenham pensado e definido,
por ele, um jeito de acreditar.
Todas as perguntas sobre tais coisas são
suficientes para deixar embaralhado qualquer um que tente mergulhar com
profundidade em busca de respostas que lhe satisfaçam, neste verdadeiro oceano
sem fundo. Que confusão! Muitos nem pensam em questionar minimamente nada. É
preferível não mexer com esses mistérios. Melhor deixar isso pra lá e cumprir o ritual da vida, pelos caminhos do acaso.
E talvez esse comportamento,
embora de uma forma que me parece ilusória, seja mesmo mais confortável.
Numa análise bem simplória, o ciclo da
vida resume-se, quando tudo corre bem, a nascer, crescer, reproduzir,
envelhecer e morrer.
Deixo de lado os mistérios e as perguntas que me
atordoam sobre isso, e concluo este meu rude enfoque, olhando apenas para o
estágio de nossa vinda a este mundo. É que, em meio a todos os mistérios
vividos em nossa confusa realidade, o fenômeno do nascimento é ainda o que mais
me fascina. A maravilha da geração de um novo ser, diante de nossas mentes
ainda opacas, não nos parece tão fantástica o quanto realmente o é. Tornou-se
lugar-comum. Ficou em segundo plano a busca de um significado e de uma lógica
maior. A reprodução de um corpo, habitado por uma nova individualidade energética,
com personalidade própria, é um milagre. É um mistério inatingível por nós em
sua plenitude. E mesmo que tanto tenham
avançado, a respeito do assunto, os experimentos e os conhecimentos da Ciência “Oficial”,
creio que existe, por trás disso tudo, uma outra Ciência “Não Oficial" que comanda tudo.
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