Neste momento, olhe ao redor de si. Pergunte-se, então,
quem é você, o que está fazendo aqui nesta confusão de mundo, como deve viver a
própria vida e, por fim, para onde você irá, quando bater as botas.
Esses questionamentos são suficientes para deixar
louco qualquer um que tente mergulhar com profundidade na busca de respostas
irrefutáveis. Contudo, para avançar em busca da verdade, é imprescindível
despir-se de medos e ideias preconcebidas. Que confusão!
Se acreditamos que somos seres eternos, mas que
estamos passando por algum estágio na Terra, admitimos que vivemos aqui uma
espécie de segmento de nossa própria eternidade. Assim, admitimos nossa
existência bem antes de aqui nascermos e que, depois da morte, continuaremos a
existir em algum lugar do Universo. Por outro lado, se acreditamos que somos
seres que iniciamos nossas existências aqui mesmo, no momento em que fomos
paridos, temos duas possibilidades:
- A primeira
se resume a um pequeno tempo de vida aqui na Terra, talvez uns oitenta anos.
Nesse caso, tem-se por premissa que viemos do nada, fomos gerados pela união de
um espermatozoide com um óvulo, nascemos nove meses depois, vivemos, morremos e
voltamos a ser nada. Pronto, acabou-se! “Tu
és pó e ao pó retornarás!”.
- A segunda, é que continuaremos a existir depois da
morte, em algum lugar que ninguém sabe onde, e para onde viajaremos a fim de vivermos,
para sempre, no gozo das bem-aventuranças, ou condenados a um suplício eterno.
Minha opinião sobre como você deve pensar? Juro que
não sei. Alguém já disse, com muita propriedade, que “ninguém crê no que quer; crê no que pode crer”.
Muitos nem pensam em questionar minimamente nada.
Melhor deixar isso pra lá. É
preferível não mexer com esses mistérios. E veem o ciclo da vida por uma ótica tão
simples, que o ato de viver é uma passagem fútil aqui por este mundo. Tudo se
resume em: nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Pronto. Nada mais.
- “É bem mais fácil que as religiões digam
quem sou, de onde venho e para onde vou.”.
Para mim, é mais lógico, mais confortável, mais
justo e menos doloroso, que aqui eu esteja cumprindo um estágio de meu eterno
caminho. E assim prosseguirei pensando, convicto de que minha existência tem um
sentido bem maior do que na visão comum. Creia, porém, que respeitarei sempre a
forma como você se posiciona no contexto de tudo.
(Anchieta)
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