Validação era uma
coisa que eu sempre buscava no outro. Primeiro era algo que queria muito ter da
minha família, da minha mãe especialmente. Depois queria ser a amiga
ideal para também ser reconhecida pelas pessoas que fizeram parte da minha
infância e juventude. Em seguida, transferi esse desejo aos meus namorados,
ex-marido e assim segui até perceber que, na verdade, o que eu queria mesmo era
pertencer a algum lugar e a alguém! Estava sempre em busca de suporte para me
sentir segura. Queria sempre que alguém dissesse da minha beleza, da minha
inteligência, do quanto eu era importante em sua vida e, mais, que era a única
capaz de agregar na vida de alguém. Eu queria ser a única mulher a mudar a vida
daqueles que cruzaram o meu caminho e essa teimosia me levou a buracos
profundos de sofrimento. E outra: a validação pelo outro nunca bastava, sempre
queria mais, e mais, e mais. Porém, no fundo, a única validação que nos basta e
nos preenche é aquela feita por nós mesmos.
Só nós podemos nos
abastecer do que somos, ninguém mais! Só a nossa verdade nos é suficiente.
Mas compreender
isso me levou a um mergulho profundo na minha alma.
Tenho visto muitas
pessoas desabarem, se fecharem para a vida e se desorganizarem totalmente, pelo
fato de não terem sido validadas, isso quando não vão para o lado oposto que é
o da censura, da difamação e da maldade contra todos aqueles de quem não
obtiveram a confirmação que desejavam a respeito de si mesmos.
E diante de tudo
que tenho vivido e passado, tenho entendido que a base da insegurança é o
pertencimento forçado, essa validação que tanto queremos e nunca alcançamos,
porque no fundo quando procuramos por isso o que queremos mesmo é lugar na vida
do outro.
Quando nos
colocamos na postura de buscar por validação, recusamos o fato de nos olharmos
e reconhecermos aquilo que somos.
O pertencimento não
se busca, porque ele se dá por afinidade e não por imposição! O que realmente
somos é o que nos guia em direção à nossa tribo.
É o magnetismo da nossa
essência que nos direciona, e isso não se exige ou se cobra. Tudo caminha para
onde tem que ir quando estamos presentes em nós mesmos.
Essa condição, na
maioria das vezes, nos causa um pouco de sofrimento, porque não queremos largar
o “osso” da validação de pessoas ou grupos que não têm nada a ver com a gente.
Temos receio de
caminhar sozinhos e de nos responsabilizarmos pelas nossas próprias escolhas.
Mas, aos poucos, à
medida que a segurança vai chegando, todos os fatos vão clareando, o que temos
como verdade vai se fortificando e todo o resto vai ficando no seu devido lugar.
Prioridades vão nascendo. Nós vamos nascendo para nós mesmos. Nós vamos nos
preenchendo das nossas verdades e do que acreditamos ser o certo para nós. E
tudo começa a fazer sentido.
Que possamos não
encorajar para buscarmos a nossa segurança e abrirmos nossas asas rumo ao
horizonte que escolhemos como nosso!
(*) Influenciadora
e orientadora holística da Casa Instante e do Centro de Resgate do Ser - A
Casinha e idealizadora do perfil @mulheres_xamanicas.
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